terça-feira, 18 de março de 2008

Ser ou estar, tanto faz.


É, eu nunca estive na presença da que é considerada a maior obra de Leonardo Da Vinci, mas por viver no mundo que está na era da informação (sim por que o pós-moderno deixou de existir quando conectamos os computadores em rede), eu sei quem é a Monalisa.

Divisão do tempo, invenção humana para tornar tudo mais complicado, big bang, seres que saem da água, rastejam na areia e ficam de pé.

Pré-história, idade antiga, clássica, média, o renascimento, o modernismo, o pós-modernismo, e até que enfim...A era da informação.

Mas é do renascimento até os dias de hoje que há um salto evolutivo enorme.É justamente nesse pequeno espaço de tempo que as obras de arte, ganham o reconhecimento e importância como expressões artísticas do ser humano.

Assim, quando no começo do século passado alguém teve a idéia de tornar acessível à arte, criando a cultura de massas, foi possível levar a todos, obras que só eram observadas por alguns "tarados" privilegiados.

Ah... O olhar. Ver o que é proibido, observar momentos que não nos pertencem, e imaginar ser o que não somos, o homem despiu-se de sua nudez e ocultou muito do primata que insiste em conviver com ele, mas ao rever determinadas atitudes, agora representadas por atores, ele inconscientemente vê ali a representação de tudo que foi um dia, e isso o persegue até os dias de hoje.

Ser, estar é tudo a mesma coisa são anos e anos assimilando sensações, e a impressão que tudo aquilo que se vê e ouve, não é só impressão, é verdade. Foram muitos anos acumulando imagens e experiências que ficam gravadas na memória, e volto a repetir: não sou eu quem diz, e sim são os meus genes que trazem em si todas essas informações.

É dessa forma que sem ter jamais estado ao lado da Monalisa ela é familiar, e foi por isso que em uma noite dessas durante um exercício da aula de fotografia, soltei os cabelos e posei como a musa de Da Vinci para o Felipe.



Ficou engraçado e nunca pensei que essa imagem amparada por um serie de hibridizações, fosse virar uma postagem.

E já que somos as coisas e os lugares, e especialmente nessa foto que registrou o momento da criação, eu sou a Monalisa.


Eduardo Guerrero

4 comentários:

Jessica Salomão disse...

Caracas, a foto ficou muito legal.rs

É incrivel isso de nunca termos contato com um determinado objeto, mas conhecê-lo e admirá-lo!!

Chega a ser estranho, eu vejo isso também em relaçao aos ídolos....

Muitas vezes temos fascinação por alguem especial: atriz, ator, cantores, enfim, o que seja...muitas vezes nunca chegamos a conhecê-los, só vemos em fotos, na tv, ouvimos em radio, vemos na net, mas apenas isso, mas de certa forma os conhecemos...

Usando o que o profs falou na sala...alguém por acaso viu pessoalmente, conversou com Marilyn Monroe? não, mas todos a "conhecem", certo?

Até mais moço!!

Rodrigo Mendes disse...

É guerrero olhando a foto e relendo seu texto ...sim vc é a monalisa. Da só uma melhorada no photoshop.rsrs! Eu so me pergunto o que é estar diante do própria monalisa, pq se um dia eu tiver esse privilégio eu vou esquecer que estou compondo aquele espaço.

Greice Ellen disse...

Nossa é mesmo né Edu..
mesmo não conhecendo o objeto da imagem,ficamos fascinados por ele...
é com certeza a imagem tem o poder grande..
bjuu

**Rita Lima** disse...

Qual a razão do seu riso, Monalisa?? rssss

A foto tá fazendo o maior sucesso, né não?!?! Mas é isso que dá a reprodutibilidade em massa! Ou vc tem um monte de "Monalisas" iguaizinhas à original, ou vc tem "paródias" dela, ou vc se torna a própria. Mas a referência é sempre a mesma. Não muda.

Eta bichinho bom o da escrita, hein?? Eu tinha certeza que vc seria picado por ele e não deixaria mais de escrever! E olha que eu nem me dou mais ao trabalho de corrigir!! Sempre que leio, me surpreendo: está cada vez melhor. É isso aí!